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Os projetos a seguir compõem as pesquisas desenvolvidas durante a extensão Cosmo-Poiesis: Experimentações Expositivas, e também podem ser encontrados no livro registro que integrou a exposição.

DOC LIVRO CORPOCOSMO FINALIZADO 

https://drive.google.com/file/d/1sN9xneaKNuMKuKqwsSSPaiCMWD_Z-2G2/view?usp=sharing

Telefone sem Fio

Alícia Nolyq

A obra intitulada “Telefone sem fio” é uma instalação interativa que explora as propriedades do som e da comunicação. Composta por quatro objetos cilíndricos em lata, com furos feitos em suas bases, onde um fio de barbante é transpassado e preso para outra lata.
A instalação funciona a partir da interação direta do público, em dupla os espectadores se separam a uma distância e cada um segura uma das latas
com o barbante esticado. Uma pessoa coloca a boca dentro do objeto e fala, a voz faz vibrar o fundo da lata, criando ondas sonoras que se propagam pelo barbante e são recebidas pelo fundo da outra lata. O som é então amplificado, permitindo que o público participante possa conversar um com o outro.

A produção “Telefone sem Fio” aborda a temática contemporânea dos meios de comunicação e sua evolução ao longo do tempo. A obra aponta para questões fundamentais da cultura contemporânea, como a evolução dos meios de comunicação, a necessidade de preservar o lúdico e o imaginário na vida cotidiana, e a importância da comunicação clara e precisa.

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De dentro para fora

Anna Frieiro


A proposta procura retratar um ambiente de semblante inquietante e perturbador, com o aspecto de sonho e limiar em seu encalço, uma estranheza sentida, mas não chegando a se revelar completamente desconfortável ou amedrontador, apresentando um eterno meio termo.

O título “De dentro para fora” é apresentado de maneira literal, com o que seriam oito modelos de órgãos e tripas pendurados no teto por cabides, expondo sua aparência antisséptica e anormal. Porém, assim que são tocados, mostram-se surpreendentemente suaves e macios, como
são os travesseiros feitos de cetim, chegam até o chão, onde é possível sentar, e assim observar o emaranhado vermelho de costura grosseira.

Os órgãos que se encontram dentro de nós são expostos nesse trabalho, algo escondido, que gera temor e choque tão vermelhos quanto o sangue que palpita em nossas veias, imperfeitos e remendados com linhas brutas, se seguram em si mesmos. Eles transbordam para fora como se não conseguissem mais se conter e são descartados como algo antinatural.

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MetaHall

ANTi


Uma instalação na passagem, um ciberespaço material, um universo expressivo onde influências culturais (modeladoras da realidade, de identidades) estão hiper-manifestas, múltiplas camadas interagindo numa espiral.
Minha sugestão é que olhe; toque; cheire; se vista; chacoalhe e escute, as correntes, seus passos fazendo parte da orquestra; sinta; crie novos elos, intervenha num detalhe, pendure uma mandala, rearrange, desloque uma dessas correntes de lugar.
Você pode não experimentar se preferir, mas uma coisa é certa, vai penetrar.

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Repescagem

Beatriz Almeida

A memória é um acúmulo de fragmentos de momentos passados, influenciados por sentimentos, envolvimento de outras pessoas e o período em que ocorreram. A obra chamada “Repescagem” busca investigar como esses fragmentos são armazenados e propõe a recuperação do que foi perdido nesse processo. Utilizando miçangas de diferentes tamanhos e cores, a obra adiciona elementos fantasiosos às lembranças, permitindo uma interpretação diversa da história factual.
Um vídeo performance registra momentos do cotidiano da artista, que são cortados e fragmentados, ressaltando a natureza fragmentada da memória. As cenas projetadas na parede permitem que outras pessoas tenham acesso a elas, assim como a artista se lembra e lembrará delas ao longo dos anos.

Originalmente projetada para conter 15 metros de comprimento no crochê e 7,5 metros quando montada. Seu tamanho agigantado faz referên-
cia a extensão da memória, o quanto ela acessa, grava e como se estende por tudo.

Todo corpo, toda relação e todo cômodo.

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Nude

Ellen Mucci

A instalação Nude visa discutir a existência, a permanência e o que representam os corpos femininos perante a sociedade.

Mulheres ao longo dos séculos sempre foram resumidas aos seus corpos, fosse para endeusá-las ou diminuí-las. Suas vontades, seus desejos, se tornaram planos secundários perante a sua imagem, perante, principalmente, seus torsos. Nude se utiliza justamente desse fato, se aproveita do que a sociedade lhes tornou para lhes dar voz; se nem mesmo seus rostos importam, que sejam seus corpos a gritar seus tormentos, até que a última gota de opressão dessa sociedade os cale.
Idealizado inicialmente para que a água caindo de estrutura construida no teto fosse ao longo da exposição calando as vozes que saísem dos
corpos.
Nesta se apresentará sendo calada ao passar dos dias por interrupção direta no áudio.

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Passagem

Juliana Gosne

O projeto surge a partir de uma reflexão sobre a banalização das notícias e o consumo automático de conteúdo, observando como as pessoas absorvem informações de forma superficial antes de dormir, sem analisar verdadeiramente o que estão consumindo.
Dentro desta reflexão, aproximei a visão para dentro de minha casa, onde recebo visitas, oferecendo água, café e acolhendo-os. As conversas podem variar desde assuntos políticos até eventos cotidianos, mas também podem se limitar a diálogos triviais sem interesse genuíno.

A porta escolhida para ser retratada na exposição simboliza a abertura para novas experiências, a passagem para um novo lugar ou a possibilidade de retorno. Gosto de pensar em portas abertas como
uma forma de viver conscientemente e ter clareza sobre o lugar em que estamos e para onde queremos ir.

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Sentimentos

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Instalação imaginada como descarrego, sonhada como enfrentamento à distopia.

Mistura passado, presente e futuro, tendo como suporte a cerâmica.
Surgiu, principalmente, pelo anseio por mudanças, por reconstruir sentidos, diálogos, por enfrentar bolhas sem saber direito como lidar com elas.

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Organika

Lívia Di Santi


A ideia de uma materialidade que permitisse uma variação formal do objeto me instigou, assim cheguei ao nylon e à fibra siliconada.
Ao experimentar pensar e produzir um trabalho para estar no chão, quis criar algo que pudesse ser expandido posteriormente e não tivesse uma forma única e definitiva. Utilizando
de referência artistas como Sarah Paul e suas figuras andróginas e Senga Nengudi com suas meias cheias de areia e esticadas pelas paredes, que outrora servira como parte de uma performance.
Vi na meia-calça uma gama de possibilidades: um entrelaçamento de pernas, um cruzamento intestinal, uma matéria sintética mimetiza a matéria orgânica, o movimento flu
ido. Agora, além de apresentar uma diversidade de proposições instalativas, o trabalho pertence a uma materialidade que o permite ser instável e polimórfico, sempre em função de um devir-movimento. A escultura é solta, sendo transpassada pela ação externa a ela.

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Torna Visceral

Manoel Oliveira


Tornar visceral tudo aquilo que está anestesiado pela fina camada da pele resultante da subjetivação universal da vida racializada. Ao efetuar o exercício de tornar o olhar para dentro consigo enxergar a composição abaixo da epiderme e entre os cabelos. Em um exercício permitido pela radicalidade fabular me aproximo daquilo que sonho ser: livre.
Idealizada como uma série, “TORNA VISCERAL” seria composta por três trabalhos de fotografia impressos em papel algodão com proporções de 37x55cm, envoltos e protegidos por moldura em metal e vidro .

Recomendando-se que os trabalhos sejam montados sequencialmente (trabalho I, II e III).

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Protocolo

Miguel Reis


A vídeo-instalação intitulada “Protocolo’’ surge de um desconforto corporal em relação às tensões causadas pelo mercado de trabalho.
Utilizando da projeção do meu pescoço sobre um armário de aço, repito diversas vezes o ato de engolir a seco e externar a exaustão.

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Relógio (som / ambiente n.o 1)

Philippe Honorato

O intuito da obra é relativizar o tempo, visto que vivemos um momento de cada vez mais rapidez, acabamos não percebendo os detalhes.

”Relógio” é um convite para que o participante sente, pare por um tempo, e possa perceber os detalhes daquilo que o cerca, acompanhado de uma trilha sonora que pretende auxiliar nesse descolamento da realidade temporal, substituindo a vida rápida e atarefada, por um momento de paz.
Além disso, o tempo será abordado também pela maneira como o som será reproduzido, através de uma fita k7, produzida e gravada pelo artista, trazendo a reflexão de que os tempos se encontram e convivem em harmonia, invertendo a lógica do “velho Vs novo”, implantada na sociedade de consumo.

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TROPICOSMO

Rafael Mosciaro


Tropicosmo tem como intenção resgatar e ressaltar a importância dos seis biomas que compõem a geografia do Brasil, sendo eles: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa, como experiência de uma instalação artística. Sobrepondo a experiência visual, propõe a conscientização para o valor de cada região, além de despertar em cada observador um sentimento de pertencimento tropical, único.
O Sol representado em sua atmosfera vibrante é um revelador que traz à luz a importância de olharmos, repararmos e nos conscientizarmos de que cada estado da natureza não é auto-suficiente mas que todos estão interligados, onde um depende do outro para seu pleno funcionamento e consequentemente, nossa subsistência.

A composição nos provoca como um abraço de cores em forma circular, representando a órbita dos mundos, bem como o próprio Astro rei; imponente!

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Não estou mais aqui

Sara Tostes

A intervenção artística “Não estou mais aqui” consiste em uma escultura feita com cadeiras e um banco, transpassadas por linhas de costura e arames. A obra busca explorar as ideias de memória, temporalidade, efemeridade e corpo, utilizando um objeto cotidiano modificado para causar estranhamento. As linhas e arames alteram
a forma do objeto, refletindo como as memórias se transformam ao longo do tempo. Os arames são moldáveis e interativos, permitindo que o espectador altere sua posição e criando um campo de constante mutação, assim como a memória, o tempo e o corpo.

A intervenção é uma continuação de uma instalação anterior, na qual linhas conectam objetos e corpos, representando ruínas expostas.

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Placas-mãe

Vitória Valente


Placas-mãe é uma instalação escultórica de três dimensões diferentes.
A forma como o trabalho é exposto explora as memórias conectadas a 3 andares de um espaço - minha casa - e como seus elementos geográficos conversam com arquivos pessoais criando um imaginário poético entre humano-espaço além do corpo-casa.
Sua intenção interativa é gerar formas de experimentar o espaço. Nas placas estão esculpidas em espaços negativos a planta base de um dos andares da casa. A forma como são dispostas no espaço formam um labirinto cujas paredes internas replicam a planta base de outro andarda mesma casa. Em conversa com o labirinto, trago a caixa de madeira, construída com a intenção de privar o espectador do seu sentido visual, limitando-o a acariciar os recuos e espaçamentos, negativos e positivos, de um último andar da casa.

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